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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Manifesto pela liberdade: o relato de uma garota que não veste calça 38

Sim, eu não uso manequim 38. Não, eu não tenho vergonha de escrever isso. Na verdade, estou até que bem feliz porque saí do 46 e estou no 42 e não fiz nenhum sacrifício para isso. Mas, não, não me iludo com tão pouco. Foram milhares de idas e vindas e o que você está prestes a ler abaixo vai confirmar que mesmo se um dia eu chegar ao 38, isso não mudará nada na forma como as pessoas me enxergam, nem é meu objetivo. A questão é de mim para mim. E mesmo sendo difícil, estou aprendendo a me amar inteira sem cortar alguns pedaços.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Livro 14: Coração de tinta - Cornelia Funke


Alguns livros devem ser degustados,
Outros são devorados,
Apenas poucos são mastigados
E digeridos totalmente.
(Coração de tinta, pág. 16)

Se você procura uma leitura leve e bem escrita para aproveitar essas férias então provavelmente “Coração de tinta” primeiro volume da trilogia de Cornelia Funke seja o livro certo para você.
O livro vai contar a história de Meggie uma garota de 12 anos e seu pai Mo um encadernador de livros. Os dois vivem sós desde que a mãe de Meggie foi embora quando ela tinha três anos. Sendo assim os dois passam  à viajar para diversos lugares já que Mo visita várias casas para fazer restauração de livros. Por crescer rodeada por livros Meggie possui o mesmo amor e carinho por eles que o seu pai Mo. Porém um fato curioso sobre o pai de Meggie é que ele nunca leu um livro em voz alta para ela.
 A vida dos dois está prestes a mudar quando uma certa noite um homem conhecido como Dedo Empoeirado aparece na casa de Meggie falando a respeito de um homem que atende como Capricórnio. Assim os dois viajam para a casa da tia avó de Meggie uma grande colecionadora chamada Elinor, segundo Mo a viagem diz respeito aos livros que Elinor precisa que sejam restaurados, mas Meggie percebe que o motivo da viagem também se deve ao fato de que seu pai quer proteger um livro do homem que atende por Capricórnio e que será de grande importância na vida de muitas pessoas.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Vai viajar? Aqui tem check list de viagem para te ajudar


Verão está aí e muita gente vai viajar. Por isso, o ape da Pati resolveu fazer um check list para ajudar você na hora de fazer as malas. O que levar? Fiz uma lista para homens e mulheres não esquecerem de nada e o melhor é que o arquivo em word (.doc) está disponível para baixar :)  

A lista é bem completa: roupas, medicamentos, utilitários, essenciais, acessórios, higiene, etc.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Melhor pior texto



Odeio as palavras tanto quanto as amo. Odeio o fato delas sempre escorregarem das minhas mãos e nunca se moldarem no texto exatamente da forma que eu quero. Odeio o fato de nunca conseguir encaixar as frases da forma que me agradaria mais, quanto mais tento uni-las mais elas escapam e voam em um caos que para mim parece quase infinito. Odeio o modo como nunca sei atar os nós do texto da forma certa, nenhum adjunto, vírgulas, pontos, anáforas, elipses e companhia parecem ter harmonia naquilo que escrevo.

Odeio o fato de que nunca consigo sentir que me expressei como queria num texto. Odeio principalmente a ideia de que neste exato momento você está lendo este texto que não está moldado da forma que me deixaria satisfeita. Só de pensar que agora uma leitura deste texto feita por alguém que não seja eu mesma consegue encontrar mais problemas que fogem aos meus olhos me perturba, sinto vontade de prender todas as palavras até domesticá-las, quem sabe domá-las como se doma um leão.

Sei que nesse exato momento alguém está achando uma vírgula fora do lugar, um acento que falta, algum problema de ambiguidade talvez, algum conceito mal colocado, orações longas demais ou até mesmo o leitor ache este texto chato e clichê. Odeio o fato de que até chegar aqui cortei parágrafos, risquei frases, substitui palavras e reli o que já tinha escrito.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Chá de Panela

E lá se foi 2014... até tentei fazer este post antes do casamento, mas acabou ficando corrido demais e dezembro passou voando...casamento, Natal, Ano Novo. Bom, vamos ao que interessa, estou aqui pra falar do meu chá. Resolvi fazer chá de panela pois, por mais que eu já more sozinha há 6 anos, as minhas coisas foram, em sua maioria, doadas já usadas. E, as outras que eu comprei, já não estavam mais tão boas (não investi muito na minha cozinha pra ser sincera nesses 6 anos).


Queria servir chá de verdade e queria que fosse bem antes do casamento para poder fazer a decoração com calma e sem me estressar muito! Por isso marquei o chá para dia 30 de agosto de 2014. Esse foi o meu convite (feito pelo Ateliê Doce Papel):



Faxina



Hoje joguei fora a minha caixa verde. 
Ela ocupava muito espaço no meu guarda-roupa. Mas era em mim que ela mais pesava. Cheia de cartas, poemas, palavras e cartões velhos. Guardá-la sempre foi a certeza de que tudo que eu não queria esquecer e que um dia foi meu ainda o era. Que bobagem, pode pensar você, leitor. É bem verdade, aquilo que deixou de ser meu não sobreviverá só porque ainda guardo o pó de certas flores, ou papeis com palavras esquecidas e desgastadas datadas de anos atrás. É verdade.

Hoje joguei fora a minha caixa verde. Chorei, é verdade, não de tristeza, talvez pela despedida, agora, definitiva. E fiz pedacinhos do que foi meu. Até sorri, ah, sorri ao final quando vi a pilha toda no canto do quarto. Foram muitos anos tentando entender que já era tempo de me desfazer da minha caixa e fazer dela uma caixa, com artigo indefinido e sem possessivo.

domingo, 21 de setembro de 2014

Filme: Hoje eu quero voltar sozinho

Hoje eu quero voltar sozinho (2014) 

Léo é um adolescente. Como se isso já não bastasse para render muitas histórias, ele também é cego. 
Sua mãe se preocupa muito com ele, sua avó é legal pra burro e seu pai é bastante compreensivo, mas Léo sofre. Sofre não só pelas brincadeiras bobas que fazem com ele (bullying), sofre porque ele quer ser mais independente, sabe? A Giovana é sua melhor amiga e é quem o acompanha até sua casa todos os dias depois da escola. Léo nunca beijou ninguém. 
Daí entra o Gabriel na história:

-É aqui a sala 211?

Ele se senta na carteira atrás do Léo. 
E Léo descobrirá como é gostar de alguém. 


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Curtindo um som

 Oi gente! Como vocês estão?

Esses meus últimos dias sem aula na faculdade e planejando a minha ida a bienal (ansiosíssima para conferir algumas atrações do domingo e contar tudinho) também foram ótimos para conhecer algumas coisas novas na internet.

Se tem uma coisa que eu amo desde novinha são os sites que nos permitem conhecer músicas novas, tenho uma conta na last.fm que eu já usei muito mais do que hoje dia (faculdade acabando comigo) mas sempre estou por lá conferindo artistas novos e fazendo amizades com as pessoas (quem quiser me add lá fique a vontade :) http://www.lastfm.com.br/user/Cattharine).



Um site sobre músicas que eu acabei de conhecer é o http://www.rdio.com/ nele é possível criar playlists e ouvir músicas de graça. Sendo assim eu resolvi compartilhar uma playlist mostrando um pouquinho do que eu ando ouvindo mais ultimamente e quem tiver uma conta também pode me encontrar por lá 



E vocês? O que tem escutado mais ultimamente?


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Livro 13 - Se eu ficar de Gayle Forman


A resenha de hoje vai ser dedicada a um livro que me fez chorar do começo ao fim, “se eu ficar” possui uma história extremamente tocante que nos faz refletir sobre diversos aspectos da vida desde a família e as relações com as pessoas ao nosso redor. O livro vai focar na história de Mia uma garota apaixonada pela música que é algo que sempre esteve presente na sua vida, seja pelo seu pai que tocava rock numa banda, seja pelo amor que a menina tem por música clássica e seu violoncelo ou até mesmo pelo seu namorado que toca numa banda. Tudo estava perfeito na vida de Mia quando um dia ela sai de carro com os seus pais e seu irmãozinho e eles sofrem um acidente na estrada. A partir desse momento Mia se torna a única sobrevivente do acidente, porém seu estado ainda é grave e cabe a ela própria decidir se vale a pena acordar do coma ou não.



 O livro é de uma sensibilidade incrível conforme acompanhamos o “espírito” da Mia observando seus parentes, amigos e os médicos que tentam salvar a sua vida somos transportados para diversas lembranças da vida da garota. Uma das coisas que mais me encantou nas lembranças de Mia é o modo como ela se relaciona com a família, é possível sentir o amor que ela tem por cada membro, tanto seus pais e avós como os amigos da família. Senti que um dos pontos altos do livro também foi o fato da protagonista ser uma personagem muito fácil de se gostar, apesar dela ser aquela típica personagem nerd e insegura não chega a ser irritante  pelo contrário a sua insegurança condiz muito com qualquer pessoa real e por isso conseguimos nos identificar melhor com ela.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Feito com amor


Estava aqui, sozinha, querendo o colo da minha mãe quando me recordei do dia em que fui visitar a igreja de minha tia e meu pai passou o recado pela metade para mamãe. Ela, entendendo apenas que eu tinha ido à igreja de sempre, esperou a minha chegada no horário de sempre, mas eu não cheguei. Com o coração aflito ela foi até a igrejinha perto de casa procurar por mim. Mas, na igreja, ninguém sabia de sua filha. Ela voltou pra casa chorando, achando que tinha me perdido pra alguma dessas crueldades do mundo. E quando ela, finalmente, chegou e me viu no portão falando com minha tia, disse: Menina, eu só não vou te matar porque estou muito feliz por te ver!

Ah, amor de mãe é de Deus. Até os ateus concordam comigo. Outro dia ouvi uma música da Gal Costa que dizia assim Que dor no coração/Cidades, mares,povo, rio/Ninguém me tem amor. E faz todo sentido. O amor de mãe é tão grande que quando ela não estiver mais conosco a solidão que se sentirá será esmagadora. Deus me livre!

Eu só não entendo o porquê de sermos tão bestas e não aproveitarmos esse carinho delas. Na verdade, até entendo a nossa besteira. É que elas são chatas às vezes, elas implicam muito, elas gostam de Leonardo e Sidney Magal, elas ligam 50 vezes seguidas para nossos celulares sem cansarem seus dedinhos, elas fariam um outdoor com a nossa foto de bebê (nu na banheira) se pudessem, todos esses são fatos inegáveis. E nos apegamos a fatos demais! Quem se importa de ser acordado 7h da matina no final de semana pelos berros da mamãe cantando alguma canção brega?  Parece insuportável uma situação dessas, mas insuportável é uma palavra que só terá significado para o filho quando este não tiver mais aquela vozinha estridente cantarolando sábado de manhã. A saudade, ah, ela é que será insuportável, sempre.




Sabe, eu não vivi quase nada da vida ainda. Mas já me arrependo de algumas coisinhas. Coisinhas pequenas e bobas que disse ou que fiz e que sei que magoaram a minha mãe. Porque mãe não merece sentir dor nenhuma. Muito menos uma dor causada pelo próprio filho. Mãe é uma pessoa normal para o mundo, mas para o filho a mãe é a certeza de que ele não está sozinho nessa vida de meu deus.  

Ah mãe! Eu acredito muito que os textos podem sobreviver ao tempo. E foi por isso que te escrevi essas palavras. Porque um dia, quando nem pó existir de mim, ainda existirão essas palavras. E é através delas que você nunca vai me perder, mãe. E nem eu te perderei nunca.